REFLEXO APRENDIDO: CONDICIONAMENTO PAVLOVIANO


Nem todos os reflexos que possuímos são inatos, sendo muitos aprendidos ao longo da vida. Trata-se, na visão evolutiva, de uma característica que permite aos indivíduos se relacionar com o seu ambiente e se adaptar às circunstâncias da vida. Chamam-se, tais comportamentos aprendidos, de reflexos condicionados.

A aprendizagem de novos reflexos é conhecida por diversos nomes, como condicionamento clássico, condicionamento respondente ou condicionamento pavloviano.  Realiza-se ele mediante o emparelhamento de um estímulo neutro (aquele que não elicia nenhuma resposta) com um estímulo incondicionado (que elicia uma determinada resposta sem um histórico de aprendizagem). É o caso, por exemplo, do cão que foi condicionado a salivar junto com o som de uma sineta porque o experimentador sempre tocava o referido instrumento quando ia alimentá-lo.


                         (Imagem retirada do livro de referência)

No exemplo fornecedio, o som da sineta passou de estímulo neutro a um estímulo condicionado, para uma resposta condicionada de salivação. Portanto, um reflexo condicionado é estabelecido a partir do emparelhamento de um estímulo neutro (NS) com um estímulo incondicionado (US), surgindo aí condicionamento de primeira ordem. Quando um novo estímulo neutro é emparelhado ao estímulo de primeira ordem, aprece o condicionamento de ordem superior.

Além de aprender, os organismos também podem desaprender os reflexos aprendidos, o que pode acontecer mediante a extinção respondente, ou seja, a apresentação do estímulo condicionado sem novos emparelhamentos com o estímulo incondicionado. Em contextos clínicos, geralmente se faz uso da técnica chamada dessensibilização sistemática, que consiste na utilização de pequenos passos para extinção de determinado comportamento, assim como também é possível utilizar a técnica de contracondicionamento, pela qual se emparelha um estímulo condicionado a outro que elicie uma resposta reflexa contrária.

John Watson, demonstrou que respostas emocionais podem ser condicionadas a determinados estímulos, como no seu clássico experimento em que ele condicionou um bebê a uma resposta de medo mediante o emparelhamento de um som estridente à presença de um rato albino (previamente confirmado como estímulo neutro). Observou-se, nessa mesma situação que barbas brancas também passaram a eliciar o a resposta condicionada de medo, o que ficou conhecido como generalização respondente.

 

REFERÊNCIAS

 

MOREIRA, Márcio Borges. Princípios Básicos de Análise do Comportamento – 2ª E.d., Porto Alegre: Artmed, 2019. Pgs. 107-108

José Lucas Steinmetz

Dá uma olhada, talvez alguma coisa aqui te interesse!

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