A
biologia evolutiva considera que as espécies, durante sua evolução, passaram
por mudanças que acarretaram nas suas características anatômicas, fisiológicas
e comportamentais, tornando os indivíduos assim mais adaptados às suas
realidades para aumentar sua capacidades reprodutivas. Nesse processo certos
comportamentos também foram selecionados, modificando como o indivíduo interage
com o mundo.
Portanto, entende-se que certas formas de interagir com o mundo foram selecionadas e passadas adiante, a ponto de todos os organismos, em menor ou maior grau, nascerem com um
repertório comportamental inato, ou seja, os reflexos
inatos.
Tecnicamente falando, considera-se um reflexo como uma relação entre um estímulo
e uma resposta, sendo o estímulo uma mudança no ambiente e a resposta
uma mudança no indivíduo, resumida na seguinte fórmula:
S -> R
Um exemplo
de estímulo incondicionado seria o choque elétrico, que acarretaria a resposta incondicionada de retirar o braço da sua fonte. Assim, observa-se que todo estímulo será dotado de uma intensidade
X, assim como como toda resposta de uma magnitude Y.
Entende-se
que os reflexos incondicionados são dotados de 3 leis:
·
LEI
DO LIMIAR: a qual
estabelece que todo estímulo deve ultrapassar a intensidade necessária para romper
o limiar e eliciar uma resposta;
·
LEI
DA INTENSIDADE-MAGNITUDE: Que
estabelece que quanto maior a intensidade do estímulo, maior será a magnitude;
· LEI
DA LATÊNCIA DA RESPOSTA: Determina
que quanto maior a intensidade do estímulo, menor será a latência da resposta.
Por fim,
também são observadas propriedades quando certo estímulo é apresentado
sucessivamente em curtos intervalos de tempo, são elas a habituação da
resposta e a sensibilização da resposta. A primeira
acontece acontece quando a magnitude da resposta diminui, a segunda, quando ela
aumenta.
Observa-se
que o comportanento reflexo (também conhecido como respondente) é
intimamente correlacionado às emoções como raiva, medo e excitação sexual,
dentre outras.
REFERÊNCIAS
MOREIRA,
Márcio Borges. Princípios Básicos de Análise do Comportamento – 2ª E.d., Porto
Alegre: Artmed, 2019. Pgs. 105-106