EVIDÊNCIA DE VIDA APÓS A MORTE (5/9) - Revisão de vida

 


As recapitulações de vida são um dos elementos mais transformadores de uma Experiência de Quase Morte (EQM), e nelas o sujeito costuma observar a si mesmo interagindo com as pessoas da sua vida. Ele percebe como as tratou e, frequentemente, coloca-se no lugar delas para identificar seus sentimentos. Após a experiência as pessoas costumam defender que dois elementos são levados da vida: o amor e o conhecimento.  

Um dos fatores que pode aumentar o impacto emocional de uma revisão de vida é o eventual acompanhamento da pessoa por uma entidade espiritual, geralmente descrita como irrestritamente amorosa e compreensiva, que guia as rememorações sem qualquer julgamento. Ver-se diante de um ser capaz de compreender o maior dos pecados, para alguns, pode ser causa de arrependimento das atitudes más, além de gerar os o desejo de reconciliação, mudança de pensamento e forma de agir.

As recapitulações de vida são uma importante evidência da existência de vida após a morte porque se elas, assim como as EQMs, fossem produto exclusivo do cérebro, seria de se esperar uma maior frequência de elementos alucinatórios, falta de coerência e apego à memória mais recente dos indivíduos. Contudo, como os acontecimentos revisitados são coerentes e geralmente aconteceram, ainda que há muito tempo, a hipótese materialista perde força.

Os demais argumentos céticos (mecanismo de defesa psicológico, produção de descargas elétricas pelo cérebro no momento da morte em regiões responsáveis pela memória) usados para justificar as recapitulações de vida não afastam o peso das evidências coletadas. Primeiro porque se as revisões fossem meros mecanismos de defesa só lembranças agradáveis deveriam ser revistas, o que não é o caso. Além disso, não se pode esquecer que ocorrem retrospectivas de vida em momentos quando o cérebro está inativo, como em uma anestesia geral. Os estudos feitos por Emily Williams Kelly, Bruce Greyson e Edward F. Kelly, PhD também apontaram que as alucinações causadas pelas descargas elétricas no cérebro são bem diferentes dos fenômenos de EQM.[1]

Segundo pesquisa conduzida pela Near Death Experience Research Foundation – NDERF – (ou Fundação de Pesquisas sobre a Experiência de Quase Morte), de um total de 617 casos de EQM estudados, revisões de vida foram descritas em 88 casos (14%), e desses resultados nenhum possuía conteúdo considerado irreal, seja pelos pesquisadores, seja pelas pessoas que tiveram as experiências.

As recapitulações de vida feita durante uma EQM também parecem trazer efeitos análogos ao de uma “terapia condensada”, já que depois delas as pessoas costumam mudar radicalmente seus estilos de vida, a ponto de terem sido chamadas, pelo dr. Raymond Moody, de “Psicoterapias de um minuto”.


               


 

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REFERÊNCIAS

 

Long, Jefferey. Evidências da vida após a morte: a ciência das experiências de quase morte/ Jefferey Long com Paul Perry: tradução Tina Jeronymo – São Paulo: Larousse do Brasil, 2010.



[1] Kelly, Emilly Williams, KELLY, Edward F., CRABTREE, ADAM.  Irreducible Mind: Toward a Psychology for the 21st Century, 2009

 


José Lucas Steinmetz

Dá uma olhada, talvez alguma coisa aqui te interesse!

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