Não se pode dizer com certeza como são as
sensações que alguém sente no leito de morte. Quando muito, podemos descrever o
que observamos, e presumir que este ou aquele processo fisiológico deve causar dor,
agonia ou alguma espécie de experiência. Mas descrever as sensações exatas do
momento em que o cérebro deixa de funcionar é impossível,
afinal de contas, quem chegou nesse estágio deixa de se comunicar. Felizmente,
nem todos os casos de morte clínica são irreversíveis, e principalmente
depois que foram desenvolvidas técnicas de ressuscitação cardiopulmonar, muitas
pessoas começaram a relatar o que viram do lado de lá pelas famosas Experiências
de Quase Morte (EQM).
Como você deve estar imaginando, as EQMs são
fenômenos que acontecem no limiar da vida, quando a morte bate à porta e o
cérebro está total, ou parcialmente inativo, como em paradas cardíacas,
anestesias gerais, e outras situações igualmente graves. Após inúmeros casos a
comunidade científica buscou respostas para o fenômeno, como falta de oxigênio,
excesso de gás carbônico entre outras, mas nenhuma delas satisfez o rigor
científico necessário e sua causa permanece um mistério.
Tudo se torna muito mais sério quando as
pessoas começam a perceber uma coerência mundial entre os relatos de EQM. Ante
a presença de elementos comuns entre povos culturalmente tão distantes quanto
um cristão ocidental, um muçulmano xiita e um budista oriental. Afinal de
contas, como justificar as vivências hiperlúcidas nos momentos de maior agonia
cerebral, como numa morte clínica[1]? Certamente não é tarefa
fácil.
Nos momentos de morte clínica ou inatividade
cerebral seria de se esperar que o corpo se utilizasse de todos os recursos disponíveis
para permanecer vivo, desprezando qualquer gasto supérfluo de energia. Contudo,
uma parte significativa das pessoas que passam por experiências traumáticas
relata um estado de hiper lucidez, atividade mental, expansão sensorial e até
mesmo reconhecimento de médicos e enfermeiras que os atenderam durante a inconsciência.
Sendo assim, seus relatos podem apontar o que acontece durante a morte.
Os pacientes costumam relatar encontro com parentes falecidos e/ou entidades espirituais, passagens por túneis de luz, a visão do próprio corpo físico e da equipe médica que o socorre e, muitas vezes, uma sensação de paz e amor indescritíveis, a ponto de muitos sentirem vontade de abandonar a vida na terra, como no caso da Graça, e que ela queria morrer durante sua EQM porque “seu marido arrumaria outra, e seus filhos poderiam ser criados pelos avós e pelo pai”, disponível neste link.
LIVROS
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REFERÊNCIAS
https://www.youtube.com/watch?v=XxGRSTfgD-4
[1] Segundo o Dr. Edson Amâncio: “Morte clínica é definida como um período de inconsciência provocado pelo aporte insuficiente de oxigênio ao cérebro (anóxia), segundo de interrupção da circulação sanguínea, da respiração, ou de ambas. Se o procedimento de reanimação não for realizado de imediato, as células cerebrais sofrerão danos irreparáveis em cinco a dez minutos, e o paciente quase sempre estará morto, mesmo que o ritmo cardíaco venha a ser restabelecido mais tarde.” Pág. 89 do livro de
Nossa, o caso da mulher que não queria voltar é hilário, ela chorou muito quando voltou a realidade. Os casos de EQM são muito interessantes.
ResponderExcluirImagina a cara do marido escutando essa história!! hahaha
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