SOBRE COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA(CNV)

           

Uma mãe pode gritar com seu filho rebelde e dizer deixe de ser preguiçoso e lave os pratos ou vou te arrebentar, moleque folgado, tá achando que a vida é fácil?. Mas, será que ele realmente escutaria o que ela quis dizer? Afinal de contas, suas únicas opções seriam rebelar-se ou submeter-se aos caprichos maternos. Agora, imagine o quão diferente poderia ser caso ela falasse: “Eu sei que você está ocupado com seus afazeres, mas eu trabalho muito e quando chego em casa fico irritada de ver a louça suja. Você poderia começar a deixar a pia limpa?.

Eu gostaria de conhecer poucos exemplos de agressividade verbal, mas ela é tão comum que qualquer pessoa pode citar um caso. Uma das coisas mais tristes sobre isso é as pessoas não dizerem o que realmente importa: seus sentimentos, necessidades e pedidos. Assim elas afastam os que mais amam e se perdem em meio às suas conflituosas emoções. 

 Vamos imaginar que a furiosa mãe do exemplo resolva fazer terapia e aprenda a utilizar técnicas de Comunicação Não Violenta (CNV). Talvez o desfecho da cena fosse mais ou menos assim


MÃE - Por que você não lavou a louça?

FILHO - Você berra comigo o dia inteiro e acha que eu ligo? Dane-se a louça.

MÃE - (Respira fundo e lembra-se de entender o que está sentindo para estabelecer uma comunicação com o rapaz. Ele é tão irritante que a vontade é expulsá-lo de casa, mas ela sabe que isso só piorará as coisas) Nossa, eu realmente fico furiosa quando você fala assim! Por que você está dizendo essas coisas?

FILHO - Você vive berrando comigo e acha que falar manso agora vai ajudar? Eu te odeio!

MÃE - (A mãe se sente ofendida de escutar essas coisas depois de um dia de trabalho, mas ela lembra que o rapaz não tem clareza mental, e na realidade precisa entrar em contato com seus sentimentos). Você está realmente irritado porque eu costumo berrar com você.

FILHO - Ah, depois de tanto tempo ela percebeu. Antes tarde do que nunca.

MÃE - E agora você não quer mais me escutar ou fazer o que eu peço porque perdi seu respeito?

FILHO - (Sentindo-se finalmente compreendido) Finalmente, eu não te respeito mais porque você não me respeita.

MÃE - Eu sinto muito por isso. Será que podemos tentar de novo?

FILHO - Eu não sei, você nunca conversou comigo assim.

MÃE - (Percebendo a abertura, a mãe aproveita para comunicar seus sentimentos). Eu sei que você está magoado pelas nossas brigas do passado, mas as coisas podem ser diferentes daqui para frente. Prometo não berrar mais com você.

MÃE – Sabe, eu sei que você está ocupado com seus afazeres, mas eu trabalho muito e quando chego em casa fico irritada ter de lavar mais louça suja. Você poderia começar a deixar a pia limpa?

FILHO - Acho que sim.

A CNV não exige que todos os participantes da conversa conheçam as técnicas. Basta um para quebrar a corrente de ódio e estabelecer contato. Para se tornar essa pessoa evite julgamento de valor e tenha empatia com os sentimentos alheios, você pode começar se perguntando: O que está acontecendo? Como essa pessoa está se sentindo? Do que ela precisa neste momento? Se eu fizer o que ela pede suas necessidades serão atendidas?

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José Lucas Steinmetz

Dá uma olhada, talvez alguma coisa aqui te interesse!

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