O QUE SÃO EXPERIÊNCIAS MÍSTICAS


 



As experiências místicas são tão variadas quanto a diversidade de seres humanos na terra, e não se relacionam com experiências religiosas (embora nessas possam ocorrer). Elas são muito raras, mesmo para quem as busca, e não possuem descrição única, muito menos uniformidade de sensações. Além disso, elas pouco têm a ver com mediunidade, telepatia, telecinese, ouvir vozes ou ver espíritos, como se observa no seguinte relato:

 

Neste meu êxtase, Deus não tinha forma, cor, odor; nem gosto, ademais, pois a sensação de sua presença não vinha acompanhada de uma determinada localização. Era antes como se minha personalidade fosse transformada pela presença de um espírito espiritual. Porém, quanto mais busco palavras para expressar esse íntimo intercurso, mais sinto a impossibilidade de descrevê-lo com qualquer das imagines habituais. No fundo, a expressão mais adequada a descrever o que senti é a seguinte: Deus estava presente no invisível; não se mostrava a qualquer um de meus sentidos, mas minha consciência o percebia.[1]


Estranho, não? Essa confusão é causada porque não há parâmetros de comparação. Explicar uma experiência mística é como explicar o vermelho para o cego de nascença, ou seja, só quem sente pode saber o que é. Algumas consequências documentadas demonstram o surgimento de senso de meta, de novo sentido de vida e aquisição de crença religiosa mais significativa, acompanhada de atitude misericordiosa com os demais.[2] Na tradição cristã são comuns os casos de “renascimento” ou “conversão” durante cultos carismáticos.

Os relatos permitem categorizar pelo menos três tipos de experiências razoavelmente comuns: a contemplação, muitas vezes chamada de meditação, recolhimento ou silêncio interior, no qual a consciência é concentrada numa ideia e as distrações são rejeitadas; a noite escura da alma, que descreve o senso de abandono que alguns místicos sentem quando a contemplação não produz consciência mística; e a união mística, quando o místico se funde à Deus, ou o absoluto, no amor.

As experiências místicas ocorrem desde o início dos tempos em todos os lugares, e são um traço da experiência humana. Por isso, não são resultado de religião, cultura ou qualquer sistema de crença, embora sejam por eles interpretadas.[3]

REFERÊNCIAS 


José Lucas Steinmetz

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